Turismo

Grupo Pestana deixou de explorar 13 pousadas

O Grupo Pestana reduziu 13 pousadas, entre as quais a de Alijó, e a Fortaleza de Beliche desde que assumiu a gestão da rede de Pousadas de Portugal, em 2003, disse à Lusa fonte da administração do Grupo Pestana Pousadas.

A Lusa já havia noticiado que a Empresa Nacional de Turismo (ENATUR) colocou à venda o imóvel da Pousada Barão de Forrester, em Alijó, por um preço de referência de cerca de um milhão de euros.  Questionada pela Lusa sobre quantas pousadas foram desativadas desde que o Grupo Pestana Pousadas (GPP) assumiu a gestão da rede, fonte da administração do Grupo Pestana Pousadas disse que "nos termos previstos no contrato de cessão de exploração, até ao momento - e já incluindo o caso da Pousada de Alijó - foram reduzidas 13 pousadas e a Fortaleza do Beliche".

Além disso, "algumas das pousadas que deixaram de ser geridas pela GPP continuaram a ser exploradas como pousadas ao abrigo de contratos de 'franchising', situação que ainda neste momento se verifica no caso da Pousada do Marão". A mesma fonte adiantou que "das 11 pousadas que deixaram de ser exploradas pela GPP por decisão desta empresa, sete delas encontram-se a funcionar sob outra tipologia e uma está em vias de reiniciar a sua atividade".

A administração do Grupo Pestana Pousadas apontou também que desde 2003 entraram novas pousadas na rede, num total de sete: Horta, Tavira, Estói. Angra do Heroísmo, Viseu, Porto e Cascais, "o que se traduziu no início de funcionamento de 451 unidades de alojamento".

Atualmente, está em "fase adiantada de execução a Pousada da Covilhã e em licenciamento o projeto da Pousada de Lisboa, as quais, em conjunto, agregarão à rede cerca de 180 novas unidades de alojamento".  Questionada sobre a razão da redução das pousadas, a mesma fonte disse que "a saída de duas das pousadas e da Fortaleza do Beliche ocorreu por razões administrativas e sem que a decisão tenha pertencido ao GPP".

Em relação às restantes, esta resultou de uma proposta do Grupo Pestana Pousadas e da aprovação da ENATUR devido à "sua exploração deficitária consecutiva, nos termos previstos no contrato de cessão de exploração (CEE)".  Explicou ainda que desde o início as pousadas desativadas tinham uma "exploração estruturalmente negativa decorrente da diminuição da sua prestação hoteleira, tanto em matéria de alojamento como de restauração".   O GPP tentou dinamizar a atividade comercial e racionalizar a gestão, "tendo inclusivamente recorrido ao encerramento sazonal com vista à redução dos prejuízos no período anaul de menor atividade".   O grupo tentou em alguns casos uma maior articulação com as entidades locais, mas houve casos em que mesmo assim não foi possível ultrapassar a situação deficitária, disse.   No caso da Pousada de São Brás de Alportel, "a saída ocorreu por exploração negativa, mas motivada pela abertura da Pousada de Estói, localizada a cerca de 8 quilómetros de distância e com uma oferta muito melhor e muito maior".