Turismo

Brasil quer "colaboração muito intensa"com Turismo de Portugal e Moçambique para tirar proveito de Mundial de 2014

O governo do Brasil apelou hoje à "colaboração muito intensa" com os sectores de turismo de Portugal e Moçambique, na área de formação e aproveitamento dos parques naturais, visando tirar proveito do Campeonato Mundial de Futebol-2014.

O ministro do Turismo do Brasil, Gastão Dias Vieira, disse à Lusa que as autoridades brasileiras necessitam de "uma colaboração muito intensa, no caso específico de Portugal, para a área de formação" no ramo da hotelaria e turismo.

"Precisamos de uma colaboração muito intensa no caso específico de Portugal para a área de formação, para aprender como trabalhar após os grandes eventos que vamos sediar, vários dos quais Portugal sediou", disse o governante.

Falando à Lusa no final da VII reunião dos ministros do Turismo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizada em Maputo, Gastão Dias Vieira afirmou que o seu país pretende também "buscar com Moçambique uma colaboração intensa na área de aproveitamento dos parques naturais".

"Brasil tem 27 parques. Neste momento, é uma prioridade prepará-los para um evento da Copa do Mundo, portanto, essa colaboração é importante" a toda a CPLP, assegurou o titular da pasta de Turismo brasileiro.

"Estamos absolutamente dispostos a partilhar algumas estratégias que os eventos estão a levar Brasil a criar. Queremos partilhar com todos e, na medida de possível, fazer com que isso seja aproveitado por todos os países de língua portuguesa", acrescentou.

Em declarações à Lusa, o secretário de Estado do Turismo de Portugal, Adolfo Mesquita Nunes, disse que, na reunião, "Portugal deixou claro que quer intensificar os seus esforços de cooperação na área de formação em turismo e hotelaria, áreas onde Portugal tem uma performance de excelência nas quais deverá criar relações de cooperação mais intensivas com países da CPLP".

O reforço da coordenação entre os países lusófonos no setor de turismo, nomeadamente ao nível da partilha de metodologias e modelos associados à governação das políticas e programas de turismo foi uma das conclusões da Declaração de Maputo adotada na VII reunião dos ministros do Turismo da CPLP.

O ministro do Turismo, Indústria e Energia de Cabo Verde, Humberto Santos de Brito, considerou à Lusa que "os recursos humanos jogam um papel fundamental" para o seu país, pelo que "a capacitação dos recursos humanos tem sido uma das áreas dentro do setor do Turismo que Cabo Verde tem apostado imenso".

Também o ministro do Turismo de Timor-Leste, Francisco Kalbuady Lay, assinalou à Lusa que "a formação no setor de Turismo, neste momento, é a grande prioridade" das autoridades timorenses.

O titular da pasta do Comércio, Indústria e Turismo de São Tomé e Príncipe, Demóstenes dos Santos, garantiu que o seu governo "pretende tirar o máximo proveito possível desta ferramenta" de formação na área de hotelaria e turismo, no quadro das recomendações saídas da Declaração de Maputo.

A VII reunião dos ministros do Turismo da CPLP adotou a Declaração de Maputo no qual os países lusófonos manifestaram preocupação em contribuir para o alcance dos objectivos de desenvolvimento do Milénio e debate em torno da Agenda pós-2015.