O presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira,  disse hoje que a TAP terá sido a mais prejudicada pelo anúncio da greve,  já desconvocada, e que o mercado se organizou para a contornar.   Em declarações à Lusa, o presidente da Associação Portuguesa das Agências  de Viagens e Turismo (APAVT) referiu que, em termos de saída de portugueses  para o exterior, não terá havido um impacto significativo junto das agências  de viagens, o que já não aconteceu em relação à entrada de estrangeiros.

"Do ponto de vista de entrada de estrangeiros, sobretudo para zonas  que não sejam o Algarve, de Lisboa até ao Porto, aí já terá havido alguma  quebra com significado", afirmou Pedro Costa Ferreira, sublinhando que,  no final de contas, "neste processo todo quem ficou mais fragilizado acabou  por ser a companhia aérea".

De acordo com o presidente da APAVT, "o mercado organizou-se para poder  não contar com a TAP e quando a TAP reativou os voos o mercado já se tinha  organizado. Não se vai organizar uma segunda vez".

Por seu lado, a TAP congratulou-se hoje com o anúncio da desconvocação  da greve dos trabalhadores prevista para decorrer entre quinta-feira e sábado,  apesar dos prejuízos para a companhia, que regista menos 20.000 reservas  do que o normal para a época.   O porta-voz da TAP, António Monteiro, realçou que o prejuízo para a  TAP ainda não está calculado porque a transportadora vai tentar ver o que  consegue recuperar hoje e quinta-feira.   Os 12 sindicatos de trabalhadores da TAP e SATA desconvocaram hoje a  greve prevista para as duas companhias entre quinta-feira e sábado. Numa nota enviada à agência Lusa, a plataforma de sindicatos da TAP  e da SATA informou que "estão reunidas todas as condições previstas no princípio  de entendimento assinado na passada sexta-feira".