Segurança de um destino turístico não se mede por índices estatísticos
O secretário de Estado do Turismo considerou hoje que a segurança de um país não se mede apenas por índices estatísticos e sublinhou que é necessário criar um clima em que os turistas se sintam seguros.
"Os turistas podem sentir problemas de segurança, independentemente de nunca terem sido vítimas de crime", afirmou Adolfo Mesquita Nunes, sublinhando que Portugal é um país seguro, realidade que "é reconhecida pelos turistas". O governante falava aos jornalistas à margem de uma reunião realizada hoje na sede do Turismo do Algarve, em Faro, na qual foi discutido o reforço policial previsto para a região no próximo verão.
O encontro, que durou cerca de duas horas, contou também com a presença do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, do presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, Macário Correia, de representantes das forças policiais, do setor da hotelaria e ainda da comunidade estrangeira residente no Algarve.
Adolfo Mesquita Nunes sublinhou que é necessário "trabalhar" na imagem de Portugal como sendo um país seguro, sobretudo devido à competitividade face a outros países "igualmente atrativos do ponto de vista do produto mas que não têm esta segurança que nós oferecemos". O governante ressalvou ainda que o turismo residencial precisa de uma "atenção especial", devido ao facto de se tratarem normalmente de pessoas idosas e de habitarem em zonas dispersas. O presidente do Turismo do Algarve defendeu, por seu turno, que deve haver uma política de segurança anual, que não incida apenas no período de verão, em que a população do Algarve praticamente triplica. "O importante é que o Algarve tenha uma política de segurança anual, que seja feita em função daquilo que é a flutuação das pessoas e não propriamente pelo calendário, mas sim por aquilo que é o movimento e a mobilidade das pessoas", afirmou.
Segundo Desidério Silva, a questão da segurança não pode abalar "uma região economicamente débil, em determinada altura do ano", pelo que deve trabalhar-se em conjunto para encontrar medidas de prevenção e combate ao crime. Na ocasião, o ministro Miguel Macedo disse que se tinha registado uma redução da criminalidade no Algarve e que a segurança da comunidade estrangeira na região tinha aumentado.