Turismo

Governo do Brasil estuda apoiar Efromovich a comprar a TAP

O Governo brasileiro pode vir a apoiar o empresário colombiano Germán Efromovich a comprar a TAP através da companhia colombiana Avianca, de acordo com a Folha de S.Paulo que cita fontes da empresa e do executivo.

Segundo o jornal brasileiro, Efromovich pediu ajuda ao Governo do Brasil para comprar a TAP e este "pretende dar apoio oficial" à compra da companhia aérea portuguesa por Efromovich, "abrindo espaço para a criação de uma "superaérea" luso-brasileira".

"Segundo disseram à Folha interlocutores da empresa e do governo, a ideia é que a aquisição agora seja feita pela Avianca Brasil, e não pelo grupo Synergy, 'holding' que controla os negócios de Efromovich, como proposto na primeira tentativa de compra", lê-se no portal da Internet do diário.

Em Dezembro, o Governo português decidiu suspender o processo de privatização a TAP, que tinha o grupo Synergy, de German Efromovich, como único candidato, argumentando com a falta de apresentação da garantia bancária exigida no caderno de encargos para a alienação da companhia aérea.

A forma do apoio 'oficial' do Brasil ao negócio, segundo refere a Folha de S. Paulo, está ainda a ser estudada.

"A ajuda financeira do governo brasileiro via BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento brasileiro] não está afastada, mas a avaliação do governo é que o executivo tem capital suficiente para financiar a operação", refere o diário.

A Folha de S.Paulo refere ainda que, apesar da suspensão da venda da TAP, "continuam as conversas entre Efromovich e as autoridades portuguesas" para vender a companhia aérea, estando o "impasse" relacionado com a "dívida da TAP".

No dia em que decidiu cancelar a venda da TAP, a 20 de Dezembro, a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, afirmou que a proposta do grupo Synergy para a compra da TAP foi rejeitada, porque não deu "as garantias adequadas".

A governante explicou que a proposta em cima da mesa significava um encaixe líquido para o Estado de 35 milhões de euros e a recapitalização da empresa superior a 300 milhões, em duas fases, a que acrescia a assunção de um passivo (dívida) na ordem dos 1,5 mil milhões de euros.