A greve dos trabalhadores de terra, tripulantes  de cabine e pilotos da Iberia levará ao cancelamento de 1.281 voos desta  companhia entre os próximos dia 4 e 8 de Março, segundo dados compilados  pela Lusa.   Trata-se do segundo de três blocos de greves de cinco dias cada convocados  contra o plano de reestruturação da Iberia que, entre outras medidas, levará  ao despedimento de mais de 3.800 trabalhadores.    Assim prevê que entre 4 e 8 de Março se cancelem 431 voos da Iberia,  100 da Iberia Express, 316 da Vueling e 434 da Air Nostrum, num total de  1.281, o que representa, aproximadamente, o cancelamento de cerca de 40%  das ligações nacionais e europeias e de 10% das de longo curso.   Como ocorreu com os primeiros cinco dias de greve, no bloco de voos  cancelados desta feita contam-se duas ligações (ida e volta) diárias entre  Madrid e Lisboa, no caso da Iberia, e uma ligação (ida e volta) diária na  Air Nostrum entre Madrid e Porto.

A Vueling cancelou uma ligação por dia (ida e volta) entre Lisboa e  Barcelona.   De referir que a greve afeta também outras empresas, que utilizam os  serviços em terra da Iberia, entre os quais a Lufthansa e a Turkish Airlines.   Desta feita e também no terceiro bloco de cinco dias - entre 18 e 22  de Março -- aderem também os pilotos numa paralisação que a empresa diz  custará cerca de 3 milhões de euros por dia.   Mais de 1.200 voos, incluindo vários entre Espanha e Portugal, foram  afetados durante o primeiro bloco da greve, entre os dias 18 e 22 de fevereiro,  tendo na altura sido convocados apenas os trabalhadores de terra e dos tripulantes  de cabine (TCP).   Nos primeiros cinco dias da greve foram cancelados 415 da Iberia, 357  da Air Nostrum e 95 da Iberia Express, a que se somam 351 da Vueling, empresa  que formalmente não faz parte do grupo Iberia, mas na qual a companhia espanhola  tem uma participação significativa.