Turismo

"Temos dificuldade em trabalhar juntos"

É uma certeza do presidente da Associação Portuguesa de Saúde e Bem-Estar - APTSBE: "Existe a necessidade de articulação entre partnes privados e públicos do turismo de saúde e bem-estar, a que se devem juntar as unidades hoteleiras." João Viegas Fernandes falava, ontem, na apresentação da Associação, o que aconteceu no âmbito do seminário Turismo de Saúde e Bem-Estar, que hoje termina no Funchal.

Mas, diagnosticou o mesmo responsável da APTSBE, "temos um grande problema: partimos tarde e temos dificuldade em trabalhar em equipa."

João Viegas Fernandes refere-se ao facto de várias regiões turísticas portuguesas terem vindo a perder quota de mercado, na área de turismo referida, ao que não será alheia a posta fortíssima que destinos concorrentes fizeram. São exemplos Canárias, Andaluzia, Catalunha e países como a Tunísia e a Turquia.

A Associação, criada em Setembro passado, congrega pessoas de todas as regiões de turismo portuguesas e tem como objectivo primordial a promoção do desenvolvimento dos vários subprodutos do turismo de saúde e bem-estar: turismo médico; turismo estético, talassoterapia, termalismo, SPA, residências assistidas, wellness resorts, health e wellness centers.

Trata-se de uma entidade sem fins lucrativos, totalmente apartidária, garante o seu presidente.

Quando, na sexta-feira passada, começou o semiárido sobre Turismo de Saúde e Bem-Estar, a APTSBE tinha 50 sócios. Hoje tem 80, resultante das inscrições de madeirenses.

São essencialmente pessoas de SPA, das áreas da saúde e do ensino.

Os sócios podem ser de dois tipos: particulares ou institucionais.

Baixa participaçãoA participação no seminário ficou aquém daquela que a organização anteviu e desejou.

João Viegas Fernandes tem duas hipóteses de explicação para essa fraca adesão: pouca sensibilidade para a importância do tipo de turismo em causa, e o desacreditar dos tempos de crise. "As épocas de crise económica são também de crise de identidade e de valores. As pessoas desacreditaram que é possível fazer alguma coisa por este País".

O dirigente da Associação, entende que é exactamente ao contrário. Esta deve ser uma época de reunir forças e actuar no sentido de ultrapassar a crise.

Diz João Viegas Fernandes, que, do ponto de vista da associação, foi feito tudo o que poderia e deveria ser feito.

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