"Nos nossos planos está ligar Lisboa e Porto a tarifas de apenas 10 euros". A garantia foi dada ao 'Dinheiro Vivo' pelo CEO da Ryanair, Michael O'Leary.

A companhia de aviação de baixo custo irlandesa está negociar com a Vinci, a vencedora no processo da privatização da ANA, a entrada em Lisboa e se o conseguir prevê duplicar o tráfego no nosso país nos próximos quatro anos. Apresenta argumentos fortes para ter base no aeroporto da capital e assume que Lisboa poderá receber oito aviões e começar por "14 rotas", mas poderá ter "até 40 rotas", possivelmente "para os países onde a Ryanair é mais forte, como a Alemanha, a Itália, o Reino Unido, etc.". Se não quiser, a operação ruma a outro País, às duas novas bases em Marrocos: Fez e Marraquexe.

Mas há mais. "No Porto, com mais um avião baseado e cinco novas rotas para este ano, esperamos aumentar o tráfego de 2,3 milhões para quatro milhões de passageiros; em Faro, temos planeadas duas novas rotas que permitirão passar de 1,5 para 3 milhões", refere Michael O'Leary.

A Ryanair admite "concorrer também com os caminhos de ferro", o que na sua óptica é "melhor para os consumidores portugueses" e acusa o Estado português de ter estado a proteger "a TAP e a ANA no aeroporto de Lisboa" e por isso é que, ao fim de "anos de negociações com a ANA, nunca se chegou a um acordo". Para Michael O'Leary, àqueles interesses junta-se também a concorrente easyJet, que "abriu uma base em Lisboa, mas não aumentou o tráfego".