Turismo

Confederação do Turismo quer ajudar Madeira a recuperar já em 2020

O presidente da Confederação de Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, disponibilizou-se, esta tarde, no Funchal, para ajudar a Madeira a recuperar dos números negativos no sector.

“Estamos completamente disponíveis para falar do que quer que seja, qualquer compromisso, no sentido de que em 2020 a Madeira deixe de registar quebras e continue a crescer como até hoje”, declarou o responsável, intervindo na sessão de encerramento do 45.º Congresso Nacional da Associação Portuguesas das Agências de Viagens e Turismo (APAVT). Francisco Calheiros disse que “a Madeira foi infelizmente a única região do país a registar quebras em 2019” mas reconheceu que “não é fácil” a abordagem do problema, pois resulta de um conjunto de factores, como as dificuldades de acessibilidade a um destino insular e periférico, que se vê confrontado com a falências de diversas companhias aéreas e com problemas de ventos no aeroporto.

Francisco Calheiros também destacou a mobilização visível dos 750 agentes de viagens que participaram neste Congresso e que constituem a força da APAVT. Por outro lado, afirmou que o sector do turismo já não está a crescer ao ritmo de dois dígitos por ano mas ainda assim está “num ciclo de crescimento” e não num ciclo de quebra, sendo que os agentes do sector conseguiram substituir as quebras dos mercados alemão e britânico “por turistas que até nos interessam mais porque têm uma estadia maior e gastam mais - canadianos, americanos, brasileiros, chineses e coreanos”. Por fim, apontou um conjunto de questões que devem merecer a atenção do Governo da República nesta nova legislatura: os problemas nos transportes e acessibilidades (os aeroportos da Portela e Montijo, o investimento na ferrovia e dificuldades com o SEF); a necessidade de mais formação e qualificação para valorizar as profissões ligadas ao turismo; a revisão da fiscalidade; e a promoção de políticas de natalidade, já que o envelhecimento da população “é um problema grave em Portugal”.