Turismo

Segmento do Turismo de Negócios enfrenta enormes desafios

Paula Antunes foi a key note speaker do segmento que deve ser uma aposta para a qualidade do turismo em Portugal

Após uma longa pausa, os congressistas, os mais de 700 presentes no auditório do Hotel Savoy Palace, no Funchal, e que obrigaram a organização a uma reconfiguração da sala (retirada de mesas e inclusão de mais cadeiras), ouviram falar sobre que opções no M&I (Meetings and Incentives ou simplesmente Turismo de Negócios), conceito bem conhecido do sector.

No palco estiveram Paula Antunes, representante da Compasso, a key note speaker do tema "no âmbito do sucesso turístico, como resolver as fragilidades de um dos negócios mais rentáveis do sector?".

Nesse contexto, frisou que o segmento de M&I coloca desafios porque é estratégico para colocar Portugal como destino de qualidade, no fundo para justificar os preços e nisso a boa imagem do destino está a ser colocado em causa com o crescimento excessivo. Assim, lembrou a zona de chegadas no aeroporto de Lisboa, as filas nos museus, os constrangimentos no trânsito, são tudo problemas a resolver num país fascinante que tem uma lacuna ainda maior, a formação de pessoas, sendo que a qualificação de recursos continua muito centrada na hotelaria, sendo descurada as outras áreas de negócio, por exemplo para o incoming.

Urgente é pensar na regulamentação, disse, dando exemplo dos guias turísticos ilegais, num sector que se move muito pela paixão de quem nela trabalha. Paula Antunes lembrou, por isso, que nesta área "não precisamos ser todos doutores", ainda que a maior formação seja crucial e urgente para a qualidade de serviços e segmentos maia altos.

Os transportes aéreos e a concorrência de outros destinos mais baratos, por causa sobretudo da carga fiscal, são outros grandes desafios do segmento Meetings and Incentives.