Turismo

APAVT vem à Madeira formalizar Congresso de Novembro

A apresentação formal do Congresso Nacional da APAVT, a ter lugar na Madeira, está marcada para amanhã no novo Savoy, o palco do evento que se realiza entre 14 e 17 de Novembro.

A cerimónia que ocorre em plena campanha eleitoral será presidida pela Presidente da Direção da Associação de Promoção da Madeira, Paula Cabaço e pelo Presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, Pedro Costa Ferreira, e sucede a dois momentos públicos ligados ao evento.

O primeiro ocorreu em Maio, no Funchal,  quando foi anunciada a escolha da Madeira para ser pela quinta vez a anfitriã da reunião magna dos agentes de viagens. Em Julho, em Lisboa, houve um segundo momento de apresentação, com a definição do tema do congresso. ‘Opções estratégicas’ para o sector do Turismo. Um tema que contará contributos do professor da Nova School of Business and Economics, Daniel Traça, que fará uma reflexão sobre os desafios macro-económicos dos próximos anos, do gabinete da EY e Augusto Mateus e Associados, que está a trabalhar num estudo sobre a nova abordagem estratégica do turismo em Portugal e que servirá de base à discussão do tema central do congresso, de Johnson Semedo, da Academia Johnson, entre outros. Contudo, o congresso terá espaço para abordar desafios ligados ao Turismo na Região, à distribuição e à aviação.

A apresentação oficial do tema e logotipo do congresso decorreu na Pousada de Lisboa, mobilizando cerca de 100 convidados, ligados às direcções da várias regiões turísticas de Portugal, aos parceiros decisivos no destino, como a TAP e a Lufthansa, bem como associados da AP Madeira.

Esta região de turismo recebeu a 3.ª edição há 42 anos (1977) subordinada ao tema “Turismo: Factor de Desenvolvimento”, vinte anos (1997) depois a 23.ª edição sob o lema ‘Decidir pelo Turismo’, a 28.ª edição em 2002 com a temática ‘Turismo: Os Desafios da Mudança’ e em 2010 e última vez que tinham escolhido a Madeira, quando a 36.ª edição abordou o ‘Turismo: Liderança na Recuperação’, na altura num gesto de solidariedade para com a Região que sofrera com a intempérie de 20 de Fevereiro.

O evento que ocorre em circunstâncias especiais para o destino. O presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, já havia assumido em artigo publicado no Publituris que a Região atravessa “desafios de enorme dimensão e complexidade”, com destaque para a desvalorização já da Libra, e um Brexit que, mais do que nunca, “teima em apresentar-se na sua versão “não organizada“, colocam óbvios problemas à relação com um dos mercados emissores mais importantes, o britânico”. Mas também “a falência de várias companhias aéreas, vem perturbar o diálogo com várias rotas aéreas, colocando uma série de cidades europeias sem voo directo para o Funchal” e também “problemas de  inoperacionalidade no aeroporto têm o duplo efeito negativo de prejudicar as actuais operações, bem como colocar novos entraves à substituição das rotas perdidas pelas falências das companhias aéreas”.

Mas também há “uma série de desafios tremendos”, ligados às questões aeroportuárias. “Não é só o aeroporto de Lisboa. O do Funchal tem particularidades difíceis de vencer, o do Algarve tem especificidades que também temos que encontrar soluções e nos Açores também temos uma realidade de transporte aéreo que não é a oitava maravilha do mundo, embora a região dos Açores o seja”, afirmou.

O presidente da APAVT admitiu em Julho que o congresso de 2019 possa bater recordes de participação até porque as inscrições estão a correr muito bem. Em ‘ano de ir à Madeira’, Pedro Costa Ferreira assume que a Região é “perfeita para acolher um congresso da APAVT em Portugal”. Por diversas razões, entre as quais destaca os “números expressivos da actividade turística da região, pelo seu peso no PIB da Madeira e pela importância do mercado interno para a construção desses mesmos números”.

Sublinhou também a excelência da parceria que mantém com o destino, realçando “os amigos certos, a Associação de Promoção da Madeira”. “Temos feito nos últimos anos um trabalho notável, temos dinamizado o mercado interno de uma maneira que os números não conseguem desmentir e estamos muito satisfeitos por em cima de todo esse trabalho podermos com os nossos amigos poder fazer este congresso na Madeira” e desta forma tentar alavancar ainda mais o destino. Admite que o Turismo nacional vive “uma atmosfera de final de ciclo”, que o sector tem ”um problema de recursos humanos” e “de qualidade de serviço” nalgumas actividades turísticas.