Turismo

Vila Galé "vai analisar" concorrer ao Revive de São Tomé e Príncipe

O Vila Galé "vai analisar” o Programa Revive com São Tomé e Príncipe, o primeiro acordo internacional que Portugal assinou na quarta-feira, disse hoje à agência Lusa o administrador do grupo, Gonçalo Rebelo de Almeida.

"Vamos analisar para ver o que é que nos pode interessar das roças de São Tomé", afirmou Gonçalo Rebelo de Almeida à Lusa, à margem da BTL - Bolsa de Turismo de Lisboa, que decorre na FIL, no Parque das Nações.

Na quarta-feira, Portugal assinou, na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, o primeiro acordo internacional do programa Revive com São Tomé e Príncipe, para apoiar a recuperação de edifícios históricos do país africano.

Em Portugal, o Vila Galé ganhou o primeiro concurso do Programa Revive do Convento de São Paulo, em Elvas. Entretanto, ganhou também o Revive para a Coudelaria de Alter, em Alter do Chão, onde já fez o lançamento da primeira pedra, e, atualmente, disputa com outros concorrentes o Quartel da Graça, em Lisboa.

"Vamos estudar, sim. Normalmente, analisamos várias coisas ao longo do ano, agora há muita coisa que não avançamos porque não há nada em concreto, mas esta [São Tomé e Príncipe] vamos estudar", sublinhou ainda Gonçalo Rebelo de Almeida.

O ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, considerou, na quarta-feira, "muito importante" o acordo assinado no âmbito da reunião ministerial da área do Turismo da organização de países lusófonos.

"Estamos a apoiar São Tomé e Príncipe, que identificou um conjunto de edifícios históricos, de roças, e que vai tentar atribuir, em concessão, exatamente o mesmo modelo do Revive. São edifícios que, ao mesmo tempo, são património de São Tomé e Príncipe, mas também representam, de alguma maneira, parte da História de Portugal", sublinhou.

Pedro Siza Vieira acentuou que o Governo está empenhado na "internacionalização do Revive", programa de valorização do património cultural e histórico e a sua transformação num ativo económico do país, aberto ao investimento privado para desenvolvimento de projetos turísticos, através da realização de concursos públicos.

"O Programa Revive está a atrair muito interesse de investidores e esta presença internacional permite ir pontuando com a memória portuguesa", disse, na altura.

Segundo o Turismo de Portugal, O Programa Revive tem em vista a recuperação e valorização de património cultural e histórico, presente em todo o território nacional, e a sua transformação num ativo económico do país.

Assim, o projeto Revive "abre o património ao investimento privado para desenvolvimento de projetos turísticos, através da realização de concursos públicos".