Turismo

Dormidas na hotelaria ultrapassaram os 7,2 milhões mas caíram 3,5%

Foram exactamente 7.238.300 dormidas nas unidades hoteleiras contabilizadas pelo INE (que não tem me conta o alojamento local e o turismo rural). Em Dezembro registou-se um aumento de 0,7% para 421,4 mil dormidas. Proveitos totais e de aposento batem recordes

A Madeira, juntamente com os Açores, tiveram as maiores quebras de dormidas de residentes em Dezembro de 2018, sendo esse o facto negativo a realçar do mês da 'Festa' que, para todos os efeitos e no que toca a dormidas de turistas nas unidades hoteleiras, foi o melhor de sempre (desde 1976) e a juntar, os proveitos também estabeleceram novos máximos.

Em Dezembro último, "as diferentes regiões apresentaram resultados maioritariamente positivos em termos de evoluções de dormidas na hotelaria. O Algarve destacou-se com um crescimento de 9,2%. Em sentido contrário, assinala-se o decréscimo de 11,2% na RA Açores", diz o Instituto Nacional de Estatística em nota divulgada sobre os dados turismo. Na Madeira, apesar do crescimento abaixo de 1% (+0,7% mais precisamente), os 421,4 mil dormidas no último mês, não conseguiu ajudar a que as domrmidas crescessem em 2018 face a 2017. Isto porque com um total de 7.238.300 dormidas (dados anuais preliminares) regista-se um decréscimo de 3,5% que já era esperado.

"As dormidas de residentes registaram, em Dezembro, crescimentos apenas na AM Lisboa (+8,3%) e Algarve (+5,5%). Os decréscimos mais marcantes verificaram-se na RA Açores (-18,6%) e RA Madeira (-9,0%)", diz o INE, confirmando-se que apesar do aumento de 2% no último mês dos não residentes, no geral regsitaram-se perdas maiores precisamente neste segmento de mercado (-3,7% em 2018) comparado com os residentes (-1,8%). "Em Dezembro, em termos de dormidas de não residentes, o Alentejo e o Algarve destacaram-se com crescimentos de 11,3% e 10,6%, respetivamente. A RA Açores foi a única região a registar um decréscimo, ainda que ligeiro (-0,6%)", acrescenta.

Como já referido para a Madeira, no período de Janeiro a Dezembro de 2018 no país, "em termos de dormidas totais na hotelaria, o realce vai para os crescimentos de 5,2% no Norte (região com um peso de 13,7% nas dormidas anuais) e de 3,6% no Alentejo (quota de 3,2% em 2018). O Algarve concentrou 32,7% das dormidas totais na hotelaria em 2018, seguindo-se a AM Lisboa (25,2%). Neste período, os maiores crescimentos de dormidas de residentes registaram-se no Algarve (+9,9%) e Centro (+5,1%), enquanto as de não residentes evidenciaram subidas apenas no Alentejo (+7,7%), Norte (+6,0%) e AM Lisboa (+0,6%)".

"Os estabelecimentos hoteleiros e similares registaram 1,2 milhões de hóspedes e 2,8 milhões de dormidas em dezembro de 2018, correspondendo a variações1 de +3,3% e +2,5%, respetivamente (+6,5% e +4,7% em novembro, pela mesma ordem). As dormidas de residentes desaceleraram para um crescimento de 0,5% (+11,3% em novembro)", adianta o INE. "As dormidas dos não residentes aumentaram 3,6% (+2,3% em novembro). Em dezembro, a estada média (2,30 noites) reduziu-se 0,8% (-1,5% nos residentes e -0,9% nos não residentes). A taxa líquida de ocupação-cama (32,1%) recuou 0,5 p.p. em dezembro (+0,4 p.p. no mês anterior). Os proveitos aceleraram, tendo no total apresentado um crescimento de 7,3% (+6,3% em novembro) e atingiram 171,0 milhões de euros. Os proveitos de aposento (114,6 milhões de euros) cresceram 5,9% (+6,3% em novembro)".

Estada média melhora

A estada média reduziu-se 0,8% em Dezembro para o todo nacional (2,3 noites), "por efeito das reduções quer de residentes (-1,5%) quer de não residentes (-0,9%)". As diminuições "mais significativas ocorreram na RA Açores (-3,4%) e AM Lisboa (-2,2%). Em sentido contrário, destacou-se o crescimento apresentado pela RA Madeira (+1,1%)", afiança o INE. "Este indicador apresentou os valores mais elevados na RA Madeira (5,16 noites) e Algarve (3,54 noites)". A nível do ano, a estada média melhorou ligeiramente (+0,3%) para 5,24 noites na RAM.

Melhor taxa de ocupação-cama

Também a taxa de ocupação recuou 0,5 pontos percentuais nos estabelecimentos hoteleiros do país (32,1%) em Dezembro (+0,4 p.p. no mês anterior). Sendo que "as taxas de ocupação mais elevadas ocorreram na RA Madeira (46,4%) e AM Lisboa (42,6%). O maior aumento da taxa de ocupação ocorreu no Alentejo (+1,0 p.p.)", significando que apesar da quebra de 1,5% em Dezembro e de -3,3 pontos percentuais para 66,3% no ano todo, as unidades hoteleiras da Madeira tiveram uma margem de 6% acima das de Lisboa e 15% acima da média nacional (51,2%).

Proveitos continuam em alta

Por fim, no que toca as proveitos , o sector não se pode queixar, uma vez que tanto os totais como os de aposento cresceram, não só no último mês do ano como em todo 2018. Em Dezembro tiveram proveitos totais de 26,3 milhões de euros (+4,3%), acumulando aos 410,1 milhões de euros do ano todo, resultando num acréscimo de 1,1%. Já os proveitos de aposento foram de 16,5 milhões em Dezembro (+0,9%) e acumulando 265,4 milhões de euros (+1,1%) de janeiro a Dezembro. Em ambos os casos, e ainda que tenhamos em conta que são dados preliminares, passíveis de reajustes, foram os melhroes de sempre, não só no mês em causa como no ano todo.