Turismo

Clientes do aeroporto do Montijo podem ser companhias com 'hubs' noutros países

A ANA - Aeroportos de Portugal admite que o futuro aeroporto do Montijo seja escolhido por companhias aéreas com plataformas de ligação (‘hubs’) em outros países que não Portugal, ao contrário da TAP.

Com a posição que tem vindo a ser afirmada pela TAP, de querer manter-se no aeroporto de Lisboa para garantir as transferências (‘hub’), Francisco Pita, administrador da ANA, indicou que não se encara a transportadora aérea nacional “como potencial utilizador do Montijo”.

“O Montijo poderá ser oferta para companhias que têm ‘hubs’ noutros países e que podem vir buscar a Lisboa para alimentar os ‘hubs’, por exemplo, em Madrid e em Londres”, exemplificou.

Num debate sobre expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, Francisco Pita escusou-se a dar pormenores, por ainda decorrerem as negociações com o Estado sobre o processo da solução apontada para a duplicação da capacidade, através do aeroporto Humberto Delgado e da operação da nova estrutura do Montijo, em 2022.

A mesma fonte reafirmou que a solução para aumentar a capacidade passa também por investimentos na atual estrutura de Lisboa e que empresa do grupo Vinci não descura nem a segurança, nem as questões ambientais.

O administrador recordou que no aeroporto de Lisboa se deverá chegar este ano ao recorde de 29 milhões de passageiros.

Este recorde está 10 milhões de passageiros acima das previsões que existiam há cerca de 10 anos, precisou.

Presente no mesmo painel da conferência internacional sobre navegação aérea, em Lisboa, o diretor de Segurança-Estratégia-Qualidade da Navegação Aérea de Portugal - NAV, Mário Neto, lembrou a possibilidade de, em abril de 2020, o número de movimentos por hora aumentar dos atuais 40 para 44.

Porém, esta possibilidade requer a cedência por parte da Força Aérea em termos de operação em Sintra, informou.

Numa segunda fase, já com o Montijo a operar, a capacidade poderá atingir um máximo de 72 movimentos por hora, o que obriga a cedências por parte dos militares em termos de operação em Monte Real e em Alcochete.

“Força Aérea tem sempre mostrado abertura”, informou o responsável, sobre este processo.