Menos portugueses residentes no continente gozam férias de Natal fora de casa
Menos portugueses residentes no continente português estão a planear este ano, em comparação com 2011, gozar férias de Natal ou de Ano Novo fora de casa devido a trabalho e por razões monetárias, segundo um inquérito divulgado hoje.
O estudo do Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT) indica que a percentagem de portugueses que pretendem gozar férias fora do local de residência é de 3,8%, enquanto no ano passado este valor foi de 8,2%. Os dados foram recolhidos entre 15 a 30 de novembro, através de 500 entrevistas telefónicas em Portugal continental, com um universo que aufere um rendimento médio de 1.240 euros. "Os inquiridos que manifestaram intenção de gastar menos (35,3%) do que no Natal/Ano Novo do ano passado dizem que as questões monetárias são o motivo para esse comportamento", lê-se no relatório. Entre quem quer gozar férias, a maioria (70,6%) indica que vai tirar os mesmos dias e que vai gastar o mesmo dinheiro (47,1%). As justificações mais comuns para não fazer férias fora do local de residência são o trabalho (29,5%), as preocupações monetárias (21,9) e o aumento da carga fiscal para 2013 (18,1%). Já perspetivando as férias em casa ou fora em 2013, o inquérito indica que a percentagem entre quem se deslocou para fora do local de residência em 2012 e quem o pretende fazer no próximo ano baixa de 52,8% para 33,7%. A perspetiva entre quem tem intenção de gozar férias é gastar o mesmo e com a mesma duração do que em 2012 (69,7% e 76,8%, respetivamente). Nas respostas dadas pelos inquiridos regista-se um consumo médio de 763 euros e uma estada média de 9,19 noites, com um grupo médio de 2,72 pessoas. O local mais nomeado para férias em 2013 é uma casa alugada (25,8%), seguindo-se casa própria (15,2%) e casa de familiares/amigos (14,6%). Entre os que não devem sair de casa, os motivos mais comuns são aumento da carga fiscal para 2013 (36,8%), monetários (21,8%) e não saber se vai manter o emprego (6,1%). Sobre o impacto das medidas de austeridade no rendimento disponível para fazer férias fora do local de residência, 67,7% dos inquiridos assume ter muita influência e 25,9% alguma influência.