Turismo de Lisboa acusa Governo de criar entidade pública para duplicação de funções
Os associados da Associação de Turismo de Lisboa (ATL) acusaram o Governo de "desperdício de dinheiros públicos" ao criar uma entidade pública para exercer as mesmas funções que aquela associação tem há 15 anos.
Num manifesto da Assembleia Geral da ATL, hoje divulgado, os seus associados deliberaram "denunciar o desperdício de dinheiros públicos resultante da criação de uma entidade pública, cujo funcionamento será exclusivamente financiado pelo Estado, para vir exercer exatamente as mesmas funções que a ATL já exerce há 15 anos". A Assembleia Geral da ATL foi convocada extraordinariamente para "debater as consequências da eventual alteração legislativa da organização regional do Turismo, que se encontra para discussão na Assembleia da República". No dia 15 de novembro, o Governo aprovou em Conselho de Ministros a extinção dos seis polos de desenvolvimento turístico, naquilo que a secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, considerou uma "reforma histórica". Os associados da ATL deliberaram também "manifestar a sua discordância relativamente ao conteúdo" da proposta do Governo, "na medida em que ela exclui a participação do setor privado, designadamente na promoção internacional, e não contempla a especificidade de Lisboa, atualmente reconhecida na Lei em vigor".
O manifesto refere ainda que os associados do Turismo de Lisboa irão apelar aos grupos parlamentares para que "introduzam as alterações indispensáveis para que seja aprovado um diploma mais equilibrado". Na Assembleia Geral, os associados manifestaram "total empenho" na continuidade da ATL e "no reforço da sua acção, em especial no desenvolvimento da promoção turística e na melhoria do produto turístico da região de Lisboa, independentemente da solução final que for aprovada pela Assembleia da República".