Turismo

"Há muitíssimo a fazer" para captar mais turistas alemães

A secretária de Estado do Turismo disse hoje "haver muitíssimo" a fazer para aumentar o número de turistas alemãs em Portugal, indicando que se pode dar a conhecer mais o país.

Falando no encerramento do 'workshop: o mercado alemão', organizado pela Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), em Lisboa, Ana Mendes Godinho indicou o contributo dos germânicos para "crescimentos significativos" em número de hóspedes, dormidas e "18% nas receitas".

"Mas há muitíssimo para fazer", notou a governante, enumerando ganhar dimensão e recolher mais opiniões para se saber "onde se deve agir mais", até porque tem notado que os alemães querem saber mais sobre "oferta cultural e experiências diferentes".

"Temos muito a trabalhar, na capacidade de comunicar que temos e devemos trabalhar em conjunto", argumentou ainda Ana Mendes Godinho, que somou associações e as áreas da Cultura e do Ambiente à lista de quem deve trabalhar em parceria.

A governante referiu "dois desafios grandes: ganhar notoriedade e fidelizar" quem já visita o país e informou que o Turismo de Portugal tem previsto para este ano para o mercado alemão ações de formação de agentes, presença em feiras, trabalho com operadores e a garantia de capacidade aérea.

As palavras da governante surgiram depois de Luís Tavares, vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, ter notado a necessidade de maior divulgação de Portugal na Alemanha.

"Portugal ainda é um destino exótico", resumiu o responsável, recordando que a Alemanha tem 83 milhões de habitantes pelo que Portugal "ainda pode fazer muita coisa" para fazer subir a percentagem de visitantes com origem naquele mercado.

A presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, disse, por seu lado, que a aprendizagem desta manhã sobre perfil e serviços para cidadãos alemães também é "fundamental para outras indústrias e serviços".

"O bem servir e captar (turistas) interessa a todos", argumentou a responsável, acrescentando também a necessidade de o país se vender melhor.

A dirigente da AHP recordou as palavras de Bernardo Trindade, administrador de um grupo hoteleiro, que afirmou hoje "não competir pelo preço, mas pelo serviço".

"Só sustentamos melhor preço, com melhor serviço", acrescentou Cristina Siza Vieira, sublinhando a importância de uma aposta forte nos recursos humanos, nomeadamente na "captação, formação e retenção de talentos".

Como Portugal não é, por definição, um país de regime tudo incluído, a responsável acrescentou a necessidade de "muito bom serviço e muito boas parcerias" para responder aos turistas.