Turismo

Resort Quinta do Lorde abre parcialmente segunda-feira

O 'resort' Quinta do Lorde, no concelho de Machico, abre parcialmente as portas na segunda-feira, correspondendo a um investimento de 100 milhões de euros, que vai criar 200 postos de trabalho.

"Esta abertura parcial visa rotinar todo o 'staff' para ganhar eficácia para quando houver um maior fluxo de turistas", afirmou Manuel Duarte à agência Lusa.

O 'resort', situado na Ponta de São Lourenço, a cerca de 30 quilómetros do Funchal, tem uma área de 16 hectares com um hotel de cinco estrelas, 23 moradias e 103 apartamentos.

"Na segunda-feira, vamos abrir o hotel com os apartamentos situados de frente à marina, três pontos de restauração, o ginásio e a área de lazer", adianta o responsável, acrescentando que, até Março, os seus serviços serão aumentados.

O investimento, da empresa Quinta do Lorde, SA, detida maioritariamente pelo empresário madeirense Ricardo Sousa, inclui 35 mil metros quadrados de jardins, sete espaços de restauração, um spa, um ginásio e diversas lojas.

O administrador declarou que o investimento visa replicar uma aldeia piscatória.

Manuel Duarte considerou que se trata de um "investimento em contraciclo", mas está convicto do seu retorno: "Isso cria-nos mais motivação para trabalharmos mais ainda. É uma situação de muita audácia empresarial e persistência".

Segundo o administrador, dois apartamentos estão vendidos no 'resort', onde o metro quadrado custa 4.000 euros, o que reconhece ser pouco, mas salientou que ambas as vertentes -- turística e imobiliária -- estão a ser objecto de promoção, trabalho que vai ser "potenciado" a partir de Janeiro.

A construção do 'resort' Quinta do Lorde, na freguesia do Caniçal, seguiu-se à criação de uma marina com o mesmo nome, em funcionamento há dez anos.

Numa primeira fase, ergueram-se instalações de apoio à marina, alguns apartamentos e dois estabelecimentos de restauração.

A segunda e última fase do empreendimento arrancou em 2008 e não escapou a alguma polémica, tendo sido objecto de um recurso ao tribunal e de uma comissão de inquérito parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira, que concluiu pela não existência de ilegalidades no seu licenciamento.

Em Julho de 2009 foi entregue no Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal uma acção popular cautelar - apoiada pelo PND -- para suspender a obra, que foi rejeitada. A acção principal deu entrada em Novembro, adiantou à Lusa fonte do PND.