Turismo

A grande tendência do Turismo é a opção pela autenticidade

"O Turismo é talvez a indústria que mais potencial tem para unir os vários sectores da economia e, se devidamente agilizada, pode contribuir para uma evolução mais integrada e harmoniosa de toda a Sociedade". Par tal,  deve estar no centro da decisão política pois tem efeitos multiplicadores, não só em termos económicos ou da criação de emprego como igualmente na valorização do nosso património histórico e cultural. A conclusão consta da série de balanços que o Secretariado Regional da Madeira da Ordem dos Economistas fez da IX Conferência Anual de Turismo.

Para o presidente, as conclusões e recomendações da IX Conferência são “interessantes, com muita matéria para ser discutida, analisada e implementada”.  André Barreto considera que as dicas - que a partir de hoje  são postas à reflexão dos participantes na IX CAT em nome da interactividade que valoriza - estão “muito focadas naquilo que nós somos e temos, no saber contar a nossa história, o que implica recuar até às origens do Turismo e perceber que as apostas terão que ser consistentes, sólidas, assentes naquilo que nos diferencia e nos torna autênticos”.

Para evitar derivas e ter um posicionamento estratégico ainda não ocupado pela concorrência, a Ordem dos Economistas está focada “num ciclo de crescimento prolongado no tempo, sólido, sobretudo baseado no nosso trabalho e não em deméritos alheios”. Para tal, devem ser criadas “condições de investimento menos burocrático, se alterarmos a chamada cultura do risco, valorizando e apoiando a capacidade de empreender”. Mais, importa “ultrapassar a resistência à mudança e deixar de proteger o que já existe só porque já existe”.

Valorizar o conhecimento, estabelecendo objectivos, criando consequentes planos de acção, medindo, afinando, voltando a medir e gerindo em função dos resultados dessas medições; ter uma permanente ligação ao mercado e às tendências do mercado; ter capacidade de aproveitar as ferramentas, nomeadamente as de base tecnológica, utilizando-as para a tarefa de bem receber, da forma atenta e genuína são outras das dinâmicas desejadas.

“Temos de actuar rapidamente enquanto destino, em termos de posicionamento, assumindo claramente aquilo que queremos ser e deixando de lado o que não faz sentido, o que não cria valor, o que não nos distingue”, lê-se nas recomendações da IX CAT que vamos revelar ao longo desta tarde nesta plataforma.

. "Pede-se o envolvimento de todos, públicos e privados, valorizando e respeitando a diferença, pugnando por critérios de avaliação baseados no mérito. E isso consegue-se pela capacidade que demonstrarmos de, estabelecida uma estratégia, a ir medindo, avaliando e ajustando".

. "O Turismo tem de ser capaz de atrair investimento que seja produtivo, de fomentar a permanente necessidade de formar os seus profissionais mas, para isso, necessita de poder contar com um quadro de estabilidade política, fiscal e laboral que permitam exactamente criar as condições de atracção de investimento necessárias".

. "Quem manda é o visitante. Temos, portanto, de ter uma permanente capacidade de reinventar produtos, de despertar novas motivações, de saber partilhar vivências, experiências e memórias. Que terão de ser únicas, distintivas e inovadoras".

. "A economia da partilha, o perfil do turista em constante mutação, os desafios, a internet das coisas e a aprendizagem com terceiros, tudo conjugado com a capacidade de nos mantermos fiéis ao que somos e às características que possuímos será o segredo do nosso sucesso".