Turismo

Confederação do Turismo confiante no trabalho dos novos accionistas

O presidente da Confederação do Turismo Português disse hoje à Lusa acreditar que os novos acionistas da TAP vão fazer "qualquer coisa" da companhia em breve, elogiando o percurso dos dois empresários que fazem parte do consórcio vencedor da privatização.

"O senhor Humberto Pedrosa [presidente do Grupo Barraqueiro] é um empresário com provas dadas em Portugal, um empresário extraordinariamente discreto, muito ligado ao setor dos transportes, com mais do que provas dadas. O senhor David Neeleman, a fama fala por ele. Sabemos o que tem feito, é uma pessoa que sabe, que respira transporte aéreo, cria valor nas companhias onde está (...), e penso que associámos duas pessoas que vão fazer qualquer coisa da TAP e muito brevemente", disse Francisco Calheiros quando levado a comentar o consórcio vencedor da privatização.

O presidente da Confederação do Turismo Português (CTP) lembrou ainda que sempre defenderam que alguma coisa teria que acontecer na companhia para que esta pudesse continuar a crescer.

"Sempre dissemos que estávamos preocupadíssimos com a TAP. A TAP é, em nosso entender, uma das cadeias de valor importantíssimas para o turismo. É determinante para o turismo português. E estamos numa cidade, que é Lisboa, que deverá ser dos sítios em que a TAP mais determinante é", afirmou ainda Francisco Calheiros à Lusa, à margem do almoço comemorativo dos 65 anos da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), em Lisboa.

No dia 24 de junho foi assinado o contrato de compra e venda de 61% do capital da TAP entre membros do Governo e responsáveis do consórcio Gateway (de David Neeleman e Humberto Pedrosa), vencedor da privatização da companhia aérea.

A TAP, "neste momento, com um parceiro privado pode fazer muito mais do que está a fazer. (...) Uma TAP nova, moderna e eficaz irá ser, com certeza, determinante para ajudar este crescimento do turismo português, que começou bons anos em 2013 e em 2014, que tudo leva a crer que em 2015 manterá, mas precisamos de mais anos a ser assim", acrescentou.

Francisco Calheiros abordou algumas das estratégias que vê como as mais corretas na TAP, nomeadamente a escolha de destinos importadores, como tem acontecido, e nos quais a Gateway pode, em seu entender, fazer mais.

"Falamos dos 'Miamis', das 'Polónias', das 'Angolas', e de todas as linhas que a TAP tem aberto no Brasil, e que têm tido rentabilidade", disse.

Já questionado se gostaria de ver o atual presidente executivo da TAP manter-se à frente da companhia, com estes novos acionistas, Francisco Calheiros respondeu: "O engenheiro Fernando Pinto - e justiça seja feita, esta equipa da TAP - tem feito um bom trabalho".