Turismo

Quase 70% dos hotéis inquiridos pela AHP defende venda da TAP

Mais de dois terços (68%) dos hotéis inquiridos pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) defendem que a TAP deve ser privatizada, mas apenas 8% acredita que o processo em curso será concluído com sucesso.

De acordo com um inquérito promovido pela AHP para aferir o impacto da greve dos pilotos da TAP no setor, 68% dos inquiridos respondeu que a TAP deve ser privatizada e apenas 21% indicou que a privatização não deveria avançar.

“Os empresários são neutros, mas temos uma fé maior nas competências privadas”, afirmou aos jornalistas a presidente da direção executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, em conferência de imprensa, em Lisboa.

Quando questionados sobre o futuro da companhia aérea liderada por Fernando Pinto, apenas 8% dos inquiridos acredita que a privatização será concretizada, com quase metade (47%) a crer que o desfecho mais previsível será a reestruturação e despedimentos.

Os associados da AHP que defendem a privatização consideram importante que os privados mantenham as ligações com as comunidades portuguesas pelo mundo, o 'hub' [centro estratégico de operações] em Lisboa, a qualidade e credibilidade, a marca TAP, as ligações aéreas estratégicas e que invista na modernização das aeronaves.

O inquérito da AHP, realizado entre 12 e 21 de maio de 2015, incidiu numa amostra de 25% da hotelaria nacional, concluiu que o impacto da greve de dez dias dos pilotos da TAP junto dos hotéis portugueses ficou aquém do inicialmente previsto, tendo-se registado "apenas 5% de quebras reais", segundo AHP.