Turismo

Novos mecanismos de apoios às empresas ligadas ao turismo

As empresas do sector do Turismo têm agora acesso a novas formas de financiamento, as quais têm sido divulgadas por todo o país pelo Turismo de Portugal. A Madeira termina com sessões de informação entre hoje e quinta-feira, no Centro de Estudos de História do Atlântico.

Segundo Carlos Abade, director-Coordenador da Direcção de Apoio ao Investimento do Turismo de Portugal, esse financiamento faz-se através de linhas de apoio financeiro que podem ser disponibilizadas às empresas, com a criação, em parceria com 15 instituições de crédito, de três novos mecanismos.

O primeiro refere-se à carência de capital, o que vai permitir a empresas, que anteriormente beneficiaram de empréstimos concedidos pelo Turismo de Portugal, em parceria com as instituições de crédito, uma carência de capital de 18 meses, sendo uma forma de "aliviar a tesouraria nesta fase complicada". Ao nível do curto prazo, é também disponibilizada uma linha de apoio à tesouraria, que abre a possibilidade de criar um plafond de crédito junto dos bancos, assegurada pela garantia mútua e que permite às empresas fazer o desconto das facturas de que sejam titulares. Trata-se de uma espécie de "fundo de maneio" com base em activos de que as empresas dispõem.

O terceiro mecanismo consiste numa linha de apoio à qualificação da oferta, a qual se destina sobretudo à requalificação de empreendimentos turísticos e à criação de novos empreendimentos de animação turística, que crie valor ao destino e à oferta turística das regiões, possibilitando fazer face às necessidade de médio e de longo prazo.

A intervenção do Turismo de Portugal é feita através da disponibilização de liquidez a Euribor, sem spread, fazendo reduzir o preços que as empresas terão de pagar pelo financiamento.

Ao nível dos montantes envolvidos, a linha de apoio à tesouraria envolve 80 milhões de euros e a linha de apoio à qualificação da oferta o orçamento é no mínimo de 120 milhões de euros. "O Turismo de Portugal disponibiliza 60 milhões de euros, regra geral as operações são partilhadas 50-50 entre o Turismo de Portugal e as instituições de crédito, mas há casos em que não é assum, em que as instituições de crédito têm de entrar com mais capital do que o Turismo de Portugal", disse Carlos Abade. No total, o pacote de orçamento é de cerca de 200 milhões de euros.

A secretária regional do Turismo, Conceição Estudante, sublinhou que esta é uma iniciativa que vem disponibilizar novos meios para as empresas que neste sector enfrentam algumas dificuldades. "O nosso objectivo é, naturalmente, conseguir mecanismos e ferramentas para a sustentabilidade económica das empresas, aquelas que estão neste momento com dificuldades de tesouraria e aquelas que estão com dificuldades de médio e longo prazo ou que têm projectos novos e interressantes".

Conceição Estudante lembrou que a Secretaria tem vindo a proceder à requalificação das unidades hoteleiras, face à nova lei do enquadramento do sector, pelo que poderá ser aproveitada uma das linhas de crédito apresentadas para "as eventuais correcções" e para as situações em que é preciso alguma intervenção para manter ou melhorar as classificação dos empreendimentos turísticos.