Turismo

Ministro da Economia diz que preços dos bilhetes aéreos em Portugal "são competitivos"

O ministro da Economia considera que os preços dos bilhetes aéreos em Portugal "são muito competitivos", recusando por isso apelar às companhias para que reflitam a baixa dos preços do petróleo nas tarifas, como fez o Governo espanhol.

"Nós temos um regime de companhias aéreas a operar em Portugal perfeitamente liberalizado que inclui -- além da transportadora aérea portuguesa, a TAP -- múltiplas outras companhias. É um setor perfeitamente concorrencial e quanto mais concorrência tivermos mais os interesses dos consumidores são defendidos. Acho que não compete a um Estado moderno, num setor tão concorrencial, estar a interferir nos preços das companhias aéreas", declarou hoje Pires de Lima, em Madrid.

Na semana passada, a ministra do Fomento de Espanha, Ana Pastor, anunciou que o seu ministério - com a pasta dos transportes - convocou os responsáveis das companhias aéreas e das empresas de navegação para apelar a que "repercutam" nos preços dos bilhetes do transporte aéreo e marítimo a baixa do preço do barril de petróleo.

"É necessário e de justiça" que a redução do preço do crude, que está em mínimos de quase seis anos, "chegue à economia real", disse Ana Pastor. O seu secretário de Estado das infraestruturas, Julio Gómez-Pomar, ressalvou no entanto que essa decisão cabe exclusivamente às empresas.

Já o ministro espanhol com a pasta do Turismo, José Manuel Soria, declarou na semana passada que a redução do preço do petróleo "já deveria estar a ver-se no custo do transporte aéreo" e anteviu melhorias no turismo espanhol quando tal acontecer.

Questionado hoje sobre se o Governo português estaria a pensar em apelar às companhias aéreas para que refletissem a baixa do custo do petróleo no preço dos bilhetes, Pires de Lima disse: "Não estou aqui, seguramente, para imitar aquilo que o governo espanhol faz em relação às companhias aéreas".

Para o ministro português, "compete ao Estado assegurar que o setor [da aviação] é aberto à concorrência, com muitas empresas a prestar os seus serviços".

"Não sei como é em Espanha, mas em Portugal há muitas empresas a prestar os seus serviços e temos uma situação de preços muito competitivos", disse o ministro português.