Turismo

Pousadas de Portugal querem duplicar resultados operacionais

O Grupo Pestana prevê que a estratégia a adotar nos próximos quatro anos permita duplicar os resultados operacionais das Pousadas de Portugal para seis milhões de euros até 2018, indicou o administrador do grupo hoteleiro, José Theotónio.

O plano para o relançamento das Pousadas de Portugal assenta num investimento de 13,5 milhões de euros até ao final de 2015, repartido entre nove milhões de euros para a Pousada de Lisboa, quatro milhões para remodelação das existente e cerca de 500 mil euros para promoção e divulgação da marca nos mercados internacional e nacional.

“Pretendemos duplicar os resultados operacionais [até 2018], estamos com um plano de investimento ambicioso e é isso que esperamos que aconteça”, salientou José Theotónio, na apresentação do plano de estratégia e ação 2015-2018, que decorreu hoje na futura Pousada de Lisboa, no Terreiro do Paço.

Para trás ficaram alguns efeitos da crise, já que o grupo retomou o crescimento em 2013, com um aumento de 10% nas receitas e de 30% nos resultados operacionais, prevendo chegar aos três milhões de euros no final deste ano, segundo o mesmo responsável.

Além da recuperação do mercado nacional, que passou de uma quota de 27% em 2013 para 29% já este ano, o administrador das Pousadas de Portugal Miguel Velez destacou aumentos nos principais mercados internacionais.

O Reino Unido cresceu para uma quota de mercado de 12% (cresce 9,5% em termos de receitas), a Alemanha progrediu para uma quota de 9% (mais 4,5% de proveitos) e os mercados francês e espanhol recuperaram para os 8% (19% e 11%, respetivamente).

Já as receitas do mercado norte-americano (7% do total) cresceram 6%, enquanto o Brasil, com uma quota de 4% nas dormidas, teve um acréscimo de 9% nas receitas.

O presidente da Pousadas de Portugal, José Manuel Castelão Costa, mostrou-se também otimista quanto às perspetivas de retomar o processo de internacionalização iniciado em 2007.

“A partir da altura em que voltamos a acreditar que os ventos vão mudar (…) vamos repegar o trabalho que já tínhamos feito”, afirmou, adiantando que existem em carteira uma “série de alternativas”, nomeadamente em países onde existiu uma presença portuguesa.

O contrato de concessão do Estado com o grupo Pestana permite aumentar o número de anos de concessão em função do número de pousadas construídas em Portugal e no estrangeiro (por mais cinco anos).

Castelão Costa adiantou que já foram cumpridas as metas no que respeita ao mercado nacional até 2023 e que a concessão pode chegar até 2028, se aumentar as pousadas internacionais.