Turismo

Confederação do Turismo rejeita eventual taxa turística no Algarve

A Confederação do Turismo Português (CTP) rejeitou  hoje a eventual aplicação de uma taxa sobre as dormidas turísticas, como  admitido pela Comunidade Intermunicipal do Algarve, alertando para a possível  redução da competitividade do sector.

Em comunicado, a CTP, entidade com assento na Comissão Permanente de  Concertação Social, considerou que "este tipo de medidas, já anteriormente  apresentadas pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Portimão  e ainda pela autarquia de Aveiro, apenas criam dificuldades às empresas  do setor turístico".   As câmaras algarvias estão a analisar a hipótese de introduzir uma taxa  sobre as dormidas em hotéis da região que reverta a favor de famílias carenciadas,  disse hoje à Lusa o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (Amal),  Macário Correia.   Por seu lado, o presidente da CTP, Francisco Calheiros, declarou-se  contra a intenção: "Não podemos aceitar que o turismo seja penalizado e  que possa ser visto como a solução para resolver os problemas das autarquias  nacionais. Têm que ser encontradas outras formas de solucionar problemas  estruturais e não podemos pactuar com soluções que penalizem um setor que  já está a ser afetado pela conjuntura económica e financeira nacional e  internacional".

Em declarações à Lusa, o dirigente da Amal e também presidente da Câmara  de Faro, Macário Correia, frisou que o assunto está ainda a ser debatido  e que não houve qualquer deliberação, já que se trata de uma matéria que  não tem calendário definido.   O autarca disse acreditar que, se a taxa rondar um valor próximo dos  50 cêntimos ou um euro por dormida e os seus objetivos forem devidamente  explicados aos turistas, eles "não se irão sentir lesados".   A confederação do sector alertou para o impacto sobre a competitividade  do ramo e declarou que, "enquanto organismo de cúpula do setor do associativismo  empresarial do turismo português, não pode aceitar quaisquer medidas que  coloquem em causa a promoção deste setor estratégico para o país".