Turismo

Cabo Verde vai investir 48,8 milhões nos quatro aeroportos internacionais

O Governo cabo-verdiano vai investir 48,8 milhões de euros nos quatros aeroportos internacionais do país, até 2017, como forma de materializar os Planos de Desenvolvimento Aeroportuário (PDA) aprovados para o horizonte de 2030, informou fonte oficial.

O anúncio foi feito hoje pelo ministro Démis Lobo Almeida, para dar conta das decisões tomadas a este respeito no Conselho de Ministros de quinta-feira, indicando que a maior fatia do bolo (32 milhões de euros) vai para a ampliação do Aeroporto Internacional Nelson Mandela, na Cidade da Praia.

Segue-se a modernização do Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, que custará 6,5 milhões de euros, a ampliação do Aeroporto Internacional Aristides Pereira, na Boavista, em 5,2 milhões de euros, e investimentos diversos no Aeroporto Internacional Cesária Évora, em São Vicente, no valor de 4,1 milhões de euros.

"São importantes investimentos que serão feitos a partir do início do próximo ano e vão até 2017, sem prejuízo de vários outros investimentos até o ano de 2030 e nos intervalos de cinco em cinco anos", sublinhou o ministro dos Assuntos Parlamentares e da Presidência do Conselho de Ministros.

Para o governante, o objetivo é dar "mais vida útil" aos Planos Diretores dos quatro aeroportos internacionais aprovados quinta-feira em Conselho de Ministros para o horizonte de 2030.

"Os Planos de Desenvolvimento Aeroportuário (PDA) são ferramentas de planeamento aeroportuário que permitem o estabelecimento das diretrizes do desenvolvimento futuro. São requisitos de garantia de segurança, operacionalidade e funcionalidade das infraestruturas aeroportuárias", mostrou.

Segundo o ministro, os planos estabelecem ainda o limite do desenvolvimento proposto a longo prazo, mas poderão ser revistos de cinco em cinco anos e sempre que se revelar necessários.

Numa primeira fase, Démis Almeida avançou que os investimentos serão assegurados pela empresa Aeroportos e Segurança Aérea (ASA), que gere os aeroportos e aeródromos do país, mas dado aos montantes avultados, o governo cabo-verdiano irá procurar outras parcerias.

Além dos quatro aeroportos internacionais, homologados pela Associação Internacional da Aviação Civil (IATA), Cabo Verde conta com aeródromos nas ilhas de São Nicolau, Maio e Fogo (São Filipe), que recebem voos domésticos.

O aeródromo de Santo Antão está encerrado ao tráfego desde um acidente aéreo de 1998, constituindo, com a Brava, as únicas das nove ilhas habitadas do arquipélago que não dispõe de infraestruturas aeroportuárias.

Mas ambas são servidas por ligações marítimas via São Vicente, no caso de Santo Antão, e da Cidade da Praia e de São Filipe, no caso da Brava.