Turismo

Associação alerta turistas para burlas com casas de férias no Algarve

Uma associação para a segurança no Algarve  está a alertar os turistas para o perigo do arrendamento fictício de imóveis  para férias, burla que este ano já originou 22 queixas às autoridades da  região, segundo fontes das forças de segurança.

As burlas acontecem normalmente através de reservas 'online', em que  as vítimas, na sua maior parte pessoas residentes no estrangeiro, fazem  o pagamento adiantado do alojamento em casas de férias, para descobrirem  depois que a reserva não foi feita ou que a casa não existe.

Para ajudar os turistas a não serem enganados, a Algarve Safe Communities  publicou na sua página de Internet alguns conselhos, como a necessidade  de os turistas se certificarem de que o 'site' que publica a oferta é de  uma entidade legítima e de perceberem se existe informação detalhada sobre  a empresa, comentários de anteriores clientes ou contactos credíveis.

Segundo o presidente da associação, dedicada à prevenção de crimes,  David Thomas, a prática deste tipo de esquemas existe noutros países e "não  é exclusiva do Algarve", tendo sido reportados à associação três casos em  2013, esquemas que, no sotavento algarvio, conduziram à detenção de uma  pessoa.

Outras das sugestões da associação, inspiradas num documento de uma  solicitadora britânica especializada em fraudes deste género, é pesquisar  num motor de busca o nome do 'site' ou agência seguidos da palavra "queixa"  e nunca enviar dinheiro através de empresas de transferências financeiras,  pois qualquer pessoa pode recolhê-lo.

Segundo a Algarve Safe Communities, é relativamente fácil obter detalhes  de propriedades na Internet, para depois as publicitar ilegalmente, pelo  que os turistas devem preferir centrais de reservas que disponham de seguro,  já que a maioria não se responsabiliza por perdas financeiras, não sendo  obrigatório verificar se a oferta é legítima.

Este ano, a GNR e a PSP receberam 22 queixas por burlas relacionadas  com o arredamento fictício de imóveis para férias no Algarve (19 na área  da GNR e três na área da PSP), número inferior às 29 queixas registadas  no ano passado.

Na área da responsabilidade da GNR, foram, até agora, registados 19  casos, número igual ao de 2013, com a diferença de que no ano passado as  queixas foram mais a sotavento (leste) e este ano têm ocorrido mais para  o barlavento (oeste) algarvio, disse à Lusa fonte do Comando de Faro da  GNR.

A vontade de poupar no alojamento, tentando fazer a reserva diretamente  com os proprietários dos imóveis e assim evitando intermediários e operadores  turísticos está na origem de muitas destas situações, observou a mesma fonte.

De acordo com fonte da PSP, na área de jurisdição desta força foram  registados este ano três casos em Portimão, número inferior aos dez casos  registados no mesmo período em 2013.

Segundo aquelas autoridades, em anos anteriores as investigações levaram  a detenções de pessoas organizadas para cometerem este género de burlas.