Turismo

Agências de viagens querem privados com voz activa na agência de promoção turística

A Associação Portuguesa das Agências de Viagens  e Turismo (APAVT) recomenda a rápida criação da Agência Nacional de Promoção  Turística, na qual os privados devem ter "um papel determinante" na definição estratégica.

Esta é uma das quatro recomendações que a direção da APAVT retirou do  seu 39.º Congresso, que se realizou entre 05 e 09 de dezembro em Angra do  Heroísmo, nos Açores.

"O Congresso recomenda que seja criada e implementada, com a urgência  decorrente dos compromissos da promoção turística para 2015, a Agência Nacional  de Promoção Turística, nos moldes em que foi apresentada pela Confederação  do Turismo Português à tutela, na qual é atribuído aos privados um papel  determinante na definição e prossecução desta atividade", explica a APAVT  em comunicado.

Para esta recomendação a APAVT teve em conta que "todos os 'stakeholders'  do mercado, públicos e privados, entendem que o modelo de promoção do destino  Portugal carece de alteração, por ineficácia" e que "a promoção deve ser,  acima de tudo, uma atividade desenvolvida pelos privados, apoiada mas não  determinada pelo Estado".

Do Congresso, que reuniu 515 participantes, a APAVT concluiu ainda ser  necessário recomendar a "aposta continuada na criatividade e inovação colocadas  na formatação do produto turístico", já que o perfil do consumidor está  a mudar e a estruturação da oferta "é imprescindível" para acompanhar esta  mudança.

Sobre o destino eleito para a reunião anual dos agentes de viagens este  ano, os Açores, diz a direção da APAVT que é necessária "a prossecução de  políticas de maior aposta no desenvolvimento sustentável e promoção de produtos  do segmento especializado" da oferta turística deste destino.

Isto porque, acrescentam, "as extraordinárias condições dos Açores,  enquanto destino turístico, não aconselham, antes pelo contrário, a sua  massificação". Para além disso, a APAVT considera que o arquipélago dispõe  de "condições ímpares para a exploração de mercados de nicho".

Entre as recomendações conta-se ainda o apelo às empresas para que criem  "incentivos e esquemas remuneratórios que premeiem mais a produtividade  e os resultados", tendo em conta, entre outros, que "o interessar os quadros  das empresas nos seus resultados é importante em termos de motivação".