Turismo

Mercado de turistas espanhóis exige "esforço redobrado" em ano "difícil"

Espanha é um mercado muito importante para o sector turístico, que exige "esforço redobrado" de promoção apesar das previsões sugerirem que 2013, como o ano passado, será "difícil", considerou à Lusa a secretária de Estado do Turismo.  Cecília Meireles, que falava à Lusa na Feira Internacional de Turismo de Madrid (FITUR), explicou que a representação portuguesa no certame - a recriação de um bairro tradicional de Lisboa -- é um exemplo desse "esforço redobrado".  "Espanha é um mercado demasiado importante para dizer simplesmente que o ano vai ser difícil e não vamos fazer nada. Temos é que fazer um esforço redobrado e este stand demonstra isso mesmo. Mostra um esforço redobrado num mercado que vai ter um ano difícil", afirmou.   A secretária de Estado explicou que a estratégia do stand português deste ano -- um espaço menor e com menos empresas que no ano passado -- é virada especialmente para "o consumidor final".   A iniciativa pretende capitalizar na decisão dos organizadores da FITUR que este ano, e pela primeira vez, permitirão a venda direta ao público, nos dois últimos dias do certame, de produtos turísticos.  Para Cecília Meireles a redução da presença de expositores deve-se tanto "à necessidade de contenção generalizada a todos os países" mas também a alterações ao negócio do turismo.    "Cada vez mais se fala para o consumidor final, há uma presença cada vez maior dos meios online e isso leva a que o turismo de operação, que é sobretudo o que é tratado nas feiras, perca um pouco o peso", disse.  No caso português a aposta foi num stand "que sendo económico, austero e sóbrio é diferente e alegre, e muito diferente dos outros".  "Não é por acaso que nos últimos dois anos ganhámos o prémio de melhorstand. É possível, mesmo gastando menos dinheiro, fazer-se bem e diferente", disse.   Este ano o stand português, que domina a entrada do pavilhão 4 da IFEMA (Feira de Madrid) é um bairro português que pretende servir como "mostra de como é viver, experimentar Portugal". "Trouxemos gastronomia, vinhos, música, cultura, arquitetura. Mais do que só vender produtos turísticos queremos aqui vender o destino Portugal", disse.