Turismo

Madeira e Algarve foram excepções num mês em que as caíram as receitas da Hotelaria

A Madeira foi a região onde, em média, se registaram as estadias mais prolongadas (5,9 noites), secundada pelo Algarve (5,3).

As dormidas e proveitos na hotelaria em Portugal sofreram "ligeiras reduções" em Agosto, reforçando-se a queda do mercado interno, que contrasta com a evolução "maioritariamente positiva" dos mercados externos, divulgou hoje o INE.

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), em Agosto os estabelecimentos hoteleiros registaram seis milhões de dormidas, menos 0,5% do que no mesmo mês de 2011, tendo o mercado interno mantido a quebra de há um ano, recuando desta vez 5,3% (para 2,3 milhões), e as dormidas de não residentes aumentado 2,7% para 3,8 milhões.

O instituto destaca o desempenho dos mercados alemão, francês e irlandês que, juntos, subiram 12,1%, enquanto os mercados espanhol e italiano recuaram 9,3 e 4,4%, respectivamente.

Quanto aos proveitos da hotelaria, os proveitos totais diminuíram 0,8% para 297,9 milhões de euros e os proveitos de aposento subiram 0,6% para 224,2 milhões de euros.

O Algarve e a Madeira foram as únicas regiões com melhorias em ambos os indicadores, realçando-se o Algarve pelas variações positivas dos últimos quatro meses, e o Alentejo e o centro pelo pior desempenho.

De acordo com o instituto estatístico, no acumulado de janeiro a Agosto a hotelaria alojou 9,6 milhões de hóspedes, menos 1,7% do que no mesmo período de 2011, enquanto as dormidas diminuíram 0,4% para 28 milhões.

Nos primeiros oito meses do ano, os não residentes representaram 67,9% das dormidas, mais 3,8% do que no ano passado, enquanto as dormidas dos residentes recuaram 8,1%.

No mês de Agosto, a hotelaria nacional acolheu 1,8 milhões de hóspedes, menos 3,1% do que no período homólogo, e as dormidas somaram seis milhões, menos 0,5% do que no mesmo mês do ano anterior.

Por tipologia de estabelecimento, os apartamentos turísticos apresentaram os melhores resultados, com um aumento homólogo de 10% das dormidas, seguidos dos hotéis-apartamentos (mais 2,3%), "devido exclusivamente à evolução nas unidades de quatro estrelas (mais 5,9%), já que as restantes categoriasrecuaram.

Os hotéis decresceram ligeiramente (menos 1%), numa tendência comum a todas as categorias, exceto as unidades de duas e uma estrela, que cresceram 8,8%.

Segundo o INE, nas restantes tipologias o número de dormidas reduziu-se, com destaque para o caso das pousadas (menos 25,3%), "que vêm apresentando resultados negativos há já oito meses consecutivos".

Numa análise por regiões, Lisboa destaca-se pelos melhores resultados, com um acréscimo homólogo das dormidas de 2,1%, seguida do Algarve (mais 1,5%), que concentrou 43,3% do total de dormidas.

Já as restantes regiões evoluíram negativamente, com maior expressão no Alentejo (menos 8,7%) e no Centro (menos 7,7%).

Em Agosto, a taxa líquida de ocupação-cama na hotelaria nacional foi de 63,3%, inferior em 2,9 pontos percentuais à do período homólogo, e a evolução homóloga das estadas médias manteve-se praticamente inalterada.

A Madeira foi a região onde, em média, se registaram as estadias mais prolongadas (5,9 noites), secundada pelo Algarve (5,3).

O RevPAR (rendimento por quarto disponível) fixou-se em 54,5 euros, menos 1,6% do que em agosto de 2011, tendo o Algarve sido a região com maior rentabilidade média (82,7 euros), seguida de Lisboa (52,2 euros) e Madeira (48,3 euros).