A crescente inoperacionalidade do aeroporto da Madeira é um problema nacional. Essa é a convicção de vários intervenientes no 44.º Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) que decorre, em Ponta Delgada, nos Açores.

Um tema lançado pelo moderador do primeiro painel, o madeirense Duarte Correia, que é vice da APAVT e  teve contributos do presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, do ex-secretário regional do Turismo, Eduardo Jesus, e do Presidente da Confederação do Turismo de  Portugal, Francisco Calheiros.

Duarte Correia lamenta os números assustadores dos voos divergidos que geram 160 mil dores de cabeça e uma mensagem que é passada aos turistas. "É um problema político e os políticos têm que o resolver. Os políticos têm que se assumir e resolver este problema nacional. Assumam as vossas responsabilidades senhores da política nacional", referiu ao DIÁRIO.

Luís Araújo considera estar perante um problema complicado para a Madeira, mas não se compromete com soluções. Aliás, julga que importa ver o outro lado de uma realidade já que o aeroporto madeirense cresceu 21%.

Eduardo Jesus entende ser urgente alterar “os limites impostos que datam de 1964. "Pretendemos que seja alterado de obrigatório para recomendatório”, lamentando o impasse que resulta da "esquizofrenia que se vive no País", em que o relatório inconclusivo do LNEC se misturam com falta de vontade política para rever um dossier determinante. "O maior e mais importante problema por resolver é o do aeroporto", sublinhou,

Francisco Calheiros sublinhou que na Madeira, como em Lisboa, nada pode ficar como está e se dúvidas houvessem sublinhou que o que está em causa não são problemas técnicos mas sim problemas políticos.