Turismo

Governo Regional dos Açores quer aumentar capacidade hoteleira nos próximos anos

O diretor regional do Turismo dos Açores, Filipe Macedo, anunciou hoje que a região vai aumentar a capacidade hoteleira nos próximos anos, isto depois ter batido no ano passado o recorde, com 2,4 milhões de dormidas.

"Neste momento, temos disponíveis mais de 21 mil camas, prevendo-se, com base nos pareceres favoráveis emitidos pela Direção Regional do Turismo, referentes a projetos de empreendimentos turísticos, um incremento, nos próximos dois a três anos, de aproximadamente 3.600 camas", admitiu Filipe Macedo esta tarde no Museu Municipal de Santa Cruz das Flores.

O governante interveio na abertura do primeiro encontro de Turismo das ilhas das Flores e Corvo, do grupo ocidental do arquipélago dos Açores, onde destacou o aumento do "número de dormidas" registado no ano passado bem como nos últimos três anos "com a concretização de um novo modelo de acessibilidades aéreas".

"Este crescimento do lado da oferta tem sido acompanhado e, porque não dizê-lo, impulsionado pela procura, que entre 2014 e 2017, quase que duplicou o número de dormidas da região, fazendo atingir a barreira histórica de quase dois milhões e quatrocentas mil dormidas [em 2017], o que se tem refletido muito positivamente nas taxas de ocupação hoteleira dos Açores", disse.

Filipe Macedo lembrou que também as ilhas do grupo Ocidental - Flores e Corvo - acompanharam esta "tendência de crescimento", com a segunda, a mais pequena ilha do arquipélago, a registar no ano passado 1.200 dormidas e as Flores mais de 41 mil dormidas.

O diretor regional do Turismo admitiu, no entanto,  que a "atual dinâmica turística" obriga a "ajustes contínuos" por parte do Governo Regional, sendo que o executivo açoriano reforçou este ano o quadro da Inspeção Regional do Turismo com o aumento "de cinco para nove inspetores".

"Não seriamos corretos ao afirmar a inexistência de alojamento ilegal na região e a inspeção confronta-se com o mesmo na sua atividade diária, mas, fruto do trabalho que tem sido desenvolvido, grande parte dos alojamentos licenciados mais recentes, proveem de ações de deteção de alojamento ilegal, promovidas por esta inspeção", realçou.

O governante garantiu, no entanto, que "muitos" dos alojamentos que se encontravam ilegais "estão já regularizados ou em fase de licenciamento" sendo que decorrem atualmente "ações tendo em vista detetar eventuais novos alojamentos não registados".