Turismo

Desaceleração nos indicadores da hotelaria em Janeiro de 2018

As dormidas na Madeira cresceram 4,6%, abaixo da média nacional (5,1%), mas os proveitos totais aumentaram 9,1%

Há uma clara desaceleração do crescimento dos principais indicadores da hotelaria na Madeira no primeiro mês de 2018, nomeadamente comparado com os valores nacionais, que também apresentaram um abrandamento do crescimento do sector turístico.

Neste mês, registou-se um incremento de 4,6% nas dormidas na hotelaria regional, para 474,8 mil, impulsionado sobretudo pela dos residentes em Portugal (+12,8%, para 36,3 mil), embora o grosso das dormidas continue a ser dos não residentes (438,5 mil, +4%). Nesse particular das dormidas, a hotelaria regional igualou o Algarve, com 18,9% do total de dormidas no país, sendo que a principal região continua a ser Lisboa (32,2%).

Noutros indicadores, a estada média passou de 5,47 noites em janeiro de 2017 para 5,55 noites no primeiro mês do novo ano, registando um incremento de 1,6%. A taxa de ocupação-cama também registou um ligeiro aumento (+0,6%), de 54,1% há um ano para 54,7% agora. Em ambso os casos, a Madeira tem, de longe, as melhores percentagens do país, sendo que só o Algarve (4,26 noites) no primeiro e Lisboa (40,2%) no segundo, conseguem aproximar-se.

Quanto aos proveitos na hotelaria, Janeiro de 2018 (24,6 milhões de euros) melhorou em 9,1% os totais do mês homólogo (22,5 milhões), sendo que os valores de aposento cresceram no mesmo patamar (+9%), de 14,5 milhões de euros para 15,8 milhões de euros.

No que toca ao RevPAR (rendimento por quarto disponível, a região com melhor desempenho continua a ser Lisboa (41,6 euros), seguido da RA Madeira (37,9 euros). Há um ano, o RevPAR regional atingia os 35,7 euros.

A nível nacional, segundo resume o INE, "os estabelecimentos hoteleiros e similares registaram 1,0 milhões de hóspedes e 2,5 milhões de dormidas em janeiro de 2018, correspondendo a variações de +3,7% e +5,1% (+11,5% e +10,0% em dezembro, respetivamente). As dormidas do mercado interno aumentaram 7,0% (+12,2% no mês anterior) e as dos mercados externos cresceram 4,3% (+8,7% em dezembro)".

Frisa ainda que "a estada média (2,47 noites) aumentou 1,4% (+3,9% no caso dos residentes e -0,1% nos não residentes). A taxa líquida de ocupação-cama (30,0%) aumentou 1,1 p.p".

Tal como as dormidas, reforça, "os proveitos desaceleraram, tendo no total apresentado um crescimento de 12,2% (+17,5% em dezembro) e ascenderam a 138,2 milhões de euros. Os proveitos de aposento subiram 14,0% (+21,0% no mês anterior) e atingiram 96,2 milhões de euros", conclui.