Turismo

Fernando Pinto prevê que resultados da TAP de 2017 possam ser os "melhores da história"

Fernando Pinto, até ontem presidente executivo da TAP, prevê que os resultados da companhia aérea nacional de 2017 possam ser "os melhores da história" da empresa.

"Infelizmente, não pude apresentar os resultados de 2017. Serão bons resultados, diria que devem ser os melhores da história da empresa, talvez do grupo também. Ainda não tenho os dados todos", afirmou Fernando Pinto, após assembleia de acionistas na qual foi aprovado o nome de Antonoaldo Neves para seu sucessor.

Fernando Pinto notou ainda que o orçamento para 2018 é "muito consistente" e "apesar dos compromissos muito altos, com novos aviões, com uma gestão de tesouraria muito crítica, 2018 é bom".

Com o seu sucessor já trabalhou na negociação com o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), que apresentou quatro pré-avisos de greve para os tripulantes de cabine da transportadora.

"O mais importante está a ser feito: que é ter transparência e abertura para continuar uma negociação até à hora que for necessário. Temos feito isso, temos tido um bom caminho, uma boa aceitação e um diálogo bastante aberto. Será o que vai ser, ninguém sabe, tudo depende de assembleias", afirmou Fernando Pinto relativamente à greve convocada, garantindo que no processo tem havido "concessões necessárias".

O responsável reafirmou que "houve algumas falhas e foi corrigido o que tinha de ser corrigido" e, "principalmente, abrindo cada vez mais o caminho do diálogo" adiantou.

O SNPVAC apresentou um pré-aviso de greve para o período entre 09 e 11 de fevereiro, para uma paralisação mensal e para greves parciais a partir de 28 de março. Para quinta-feira está agendada nova assembleia-geral do sindicato.

Após 17 anos como 'homem-forte' da TAP, Fernando Pinto considerou ter a "missão cumprida" e que com 68 anos chegou "a sua hora de sair".

"É um belo dia hoje para sair, pensando que temos uma nova vida, mas principalmente sabendo que a empresa está no caminho certo e com as pessoas certas tocando para frente um trabalho que foi feito", afirmou o agora ex-CEO.

Fernando Pinto recordou que continuará ligado à empresa.

"Entre eu e o Antonoaldo temos um telefone vermelho e vamos trabalhar em conjunto", garantiu.

Depois de esperar 15 anos até à privatização da transportadora, Pinto revelou hoje ter dito depois aos novos acionistas que acedia a ficar à frente da transportadora por mais dois anos, mas sob a condição de que "tinha de ser preparada a transição".

"Surgiu o nome de Antonoaldo [Neves, novo CEO], que eu já conhecia, mas sem contactos de maior e pedi a sua ajuda para um programa de desenvolvimento da empresa e aproveitar a experiência dele antes da Azul (companhia aérea) e de antes. E foi um sucesso", relatou.

Fernando Pinto contou ainda que "nos últimos seis meses", já na TAP, Antonoaldo trabalhou "com afinco, muita energia, muito conhecimento e bom senso".