Turismo

Portugal atrai cada vez mais chineses

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As ligações aéreas voltam a ser determinantes nos fluxos turísticos. E a prova é que com o voo directo entre Lisboa e Pequim, que o governo português considera ser uma “conquista enorme”, houve uma “demonstração clara do crescimento do mercado chinês” em Portugal.

Para que conste, mesmo sem os charters um dia vaticinados por  Paulo Futre, o número de hóspedes chineses entrados em Portugal cresceu 40% para 191 mil nos primeiros nove meses do ano, face ao período homólogo. A garantia é dada secretária de Estado do Turismo que hoje, em Macau, manifestou entusiasmo com o valor já obtido. No ano passado este crescimento já tinha sido de 18% e agora “é manter este nível deste ano, que é um valor fantástico”.

Questionada à margem do 43.º Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, que começou hoje em Macau, sobre perspectivas de novas ligações para a Ásia, Ana Mendes Godinho limitou-se assegurar que já foi conseguida “uma vitória histórica".

Questionada pelo DIÁRIO sobre os motivos que levam os turistas chineses a escolher Portugal, assegurou que “procuram história, cultura, gastronomia, segurança e experiências diferentes”. Um factor que pode beneficiar a Madeira. Até porque que os chineses não vão à Europa apenas uma semana. Nesse sentido, "estamos a promover também o destino Península Ibérica, fazendo uma promoção conjunta, passando a mensagem de que indo à Península Ibérica têm oportunidade de conhecer dois países completamente diferentes, com experiências completamente diferentes e com a vantagem acrescida que é o voo direto, que permite que entrem ou saiam via Portugal”, sublinhou Ana Mendes Godinho.

Sobre o voo directo, com ligação a Macau, sublinhou ainda que este “muda completamente o paradigma da operação”, porque Portugal deixa de “estar completamente dependente da entrada e saída dos aeroportos em Espanha”. “As operações podem ser feitas de uma forma muito mais equilibrada com a divisão entre os dias em Portugal em Espanha”, refere.

O 43.º Congresso Nacional da APAVT começou hoje em Macau, contando com mais de 700 congressistas, 650 dos quais, segundo fonte oficial da APAVT, são portugueses. Este número de congressistas é “a maior afluência dos últimos 20 anos, tendo ultrapassado todas as expectativas”, disse a mesma fonte à Lusa, o que obrigou pela primeira vez na história da associação a suspender inscrições.