A companhia aérea alemã Lufthansa anunciou hoje que obteve lucros líquidos de 1.776 milhões de euros, mais 4,6% do que em 2015, designadamente devido a uma redução de custos.

A Lufthansa, que já chegou a acordos com os pilotos sobre aumentos salariais e relativamente às pensões, informou hoje que os lucros operacionais da empresa melhoraram no exercício passado em 35,7% até 2.275 milhões de euros, apesar de as receitas terem diminuído em 2016 em 1,2% totalizando 31.660 milhões de euros.

“O grupo Lufthansa continua a desenvolver-se com êxito”, afirmou o presidente do conselho de administração, Carsten Spohr.

“Estamos novamente numa posição mais forte hoje do que aquela em que estávamos há um ano e uma vez mais pudemos convencer os nossos clientes da qualidade e da atratividade dos nossos produtos e serviços”, sublinhou.

O conselho de administração do grupo Lufthansa vai propor na próxima assembleia-geral de acionistas a atribuição de um dividendo de 0,50 euros por ação.

Carsten Spohr destacou os esforços da transportadora para reduzir custos e manter as margens de rentabilidade, bem como o desempenho positivo de todos os segmentos de negócio nos seus respetivos mercados.

A Lufthansa, que em dezembro anunciou a compra de 55% da Brussels Airlines, passando assim controlar a totalidade das ações da companhia área belga e chegou a acordos de aluguer de aviões com a Air Berlin, tem um fluxo de caixa operacional de 3.246 milhões de euros, menos 4,3%.

Spohr reiterou ainda a necessidade de reduzir mais custos em 2017, por ser a única forma de compensar a diminuição das receitas e o aumento dos gastos com o combustível e manter, ao mesmo tempo, a estabilidade financeira e a capacidade de investimento.

A Lufthansa estimou ainda os custos das greves dos pilotos no ano passado em 100 milhões de euros.