As dormidas na hotelaria aumentaram 12,6% em janeiro, face ao mesmo mês de 2016, principalmente devido aos residentes no estrangeiro, que contribuíram com uma subida de 17,6%, divulgou hoje o INE.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a hotelaria registou 984,6 mil hóspedes e 2,4 milhões de dormidas em janeiro de 2017, o que equivale a acréscimos homólogos de 14% e 12,6% (mais 8,1% e 10,6% respetivamente em dezembro de 2016).

As dormidas do mercado interno aumentaram 2,4% (5,1% em dezembro de 2016), e as de mercados externos cresceram, então, 17,6% (14% em dezembro).

As dormidas em hotéis apresentaram um crescimento de 15,3% e corresponderam a 71,7% do total.

O aumento em termos homólogos de dormidas nas pousadas foi "significativo" (37,1%) face a dezembro (17%).

A estada média, de acordo com os dados do INE diminuiu (1,2% para 2,43 noites) enquanto a taxa de ocupação-cama aumentou (2,7 pontos percentuais para 28,8%).

Os proveitos também subiram, tendo as receitas totais atingido 123 milhões de euros (18,1%) e os de aposento 84,1 milhões de euros (17,2%).

Os dados relativos a janeiro demonstram ainda que os 13 principais mercados emissores representaram 80,8% do total das dormidas de não residentes e apresentaram uma "evolução positiva generalizada".

As dormidas de residentes no Reino Unido desaceleraram em janeiro (5,2%), face a aumentos significativos em novembro (13,5%) e dezembro (15,5%), com o peso relativo deste mercado a fixar-se nos 19,9% em janeiro (contra os 22,3% em janeiro de 2016).

A Alemanha (com 14% do total) registou um crescimento de 16,2%, após uma subida de 10,1% em dezembro.

O mercado espanhol voltou a crescer (11,9%), depois do decréscimo de 3,4% em dezembro, e representou 8,8% do total de dormidas.

Tal como nos meses anteriores, o Brasil destacou-se, com um crescimento de 62% em janeiro, tendo sido o terceiro maior mercado neste mês, com 8,9% do total das dormidas de não residentes.

O INE destaca ainda as evoluções dos Estados Unidos (39,9%), Irlanda (39,1%), Países Baixos (20,3%), Suíça (16,2%) e França (14,4%).

As dormidas aumentaram em todas as regiões, mais acentuadamente na Área Metropolitana de Lisboa (20,8%), Alentejo (12,3%) e Algarve (11,6%).

O principal destino foi assim a Área Metropolitana de Lisboa (31,9% do total), com aumento de quota (2,2 pontos percentuais face a janeiro de 2016), seguido do Algarve (20,1%) e Madeira (19%).

O Norte apresentou um decréscimo de 3,6%, mas manteve-se como a segunda região com maior procura por parte dos residentes (24,7%) depois da Área Metropolitana de Lisboa (28,1%).